sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Palavras do Sereníssimo Amado Grão Mestre Jair Tércio


                                            
REFLEXÃO – ODE AO NOVO

Meus queridos irmãos, Obreiros da Inteligência, me permitam lucubrar, sobre a imperiosa necessidade de sabermos cada vez mais refletir, a partir da simples ideia de que a Reflexão é necessária em todas as coisas, pois somente refletindo é que o Ser Humano pode discernir acerca do verdadeiro caminho que deve saber e seguir, para os devidos fins. Isto porque, como Construtores que somos, sabemos que evoluímos, pois não é possível deter o poder da força da evolução; e que, para evoluir inclusive voluntariamente, muito importa vivermos construindo instrumentos específicos, para que nossas construções sejam erigidas com a sabedoria, fora e beleza devidas, em face dos desafios, com os quais nos deparamos no nosso dia-a-dia de relações, para cada vez melhor vivermos em equilíbrio dinâmico e organizado.

Parece-nos claro que não é demais dizer que é provadamente verdadeira a teoria de que Ser Maçom, por exemplo, é, de fato, um merecimento daqueles Seres Humanos que, por já se perceberem, como seres inteligentes, se predispuseram a despertar, construir e/ou desenvolver suas inteligências, para poder, então, melhor cumprir com seu dever para com Deus, a ponto de merecer o direito respectivo: SER FELIZ. Ora, vivemos num Universo, do qual somos partes integrantes relevantes; e nele, Universo, tudo são Leis; dentro delas, tudo é bem; porém fora das mesmas nada é claro, definitivo ou seguro. Elas partem de um Princípio Supremo Absoluto, Deus, a Vida de todas as Leis Universais; elas que são embasadas em direitos e deveres; direitos sem deveres é loucura; e deveres sem direito é escravidão.

Pois bem, reflitamos! A FELICIDADE é, então, uma das nossas maiores buscas. Esse é - se assim podemos dizer - o nosso maior direito. E isso, ou melhor, ser feliz é, também, para quem já tem com quem amar, genuinamente; é, também, para quem já tem com quem refletir significativamente; é, também, para quem já tem com quem dialogar singularmente, ainda que pela escrita; enfim, é, também, para quem já tem com quem aprofundar o pensamento intensamente, a ponto de merecer o que vem adiante. É portanto, coisa de irmãos; coisa de criaturas que já se entendem como seres inteligentes que partiram de um mesmo princípio; e que têm, por fim, laborar juntos para retornarem a esse mesmo princípio, e o mais breve possível. A evolução é prova cabal disto; objeto de nossas reflexões. Afinal, somos, inegavelmente, partículas advindas de um mesmo princípio, Deus, o Grande Arquiteto do Universo. Este que é Absoluto, Perene e Imutável.Este que é Infinito na duração e extensão, porém Finito na distância. E por ser Absoluto, não se afasta de suas partículas, na medida em que elas se aproximassem dEle, volvendo para o Mesmo, que não evolui, ao contrário delas.

Também não é irracional a teoria de que o Ser Humano, por ser um Ser Inteligente, isto é, por ser um Ser que foi projetado para conhecer seus problemas; construir instrumentos para resolvê-los; e, de fato, se predispor a resolvê-los e fazê-lo como devido, pode ser considerado um Ser Reflexivo. E isso significa que ele pode, por exemplo, antecipar os lucros das perdas; as benesses das dúvidas; bem como as oportunidades das crises. Ele, o reflexivo, pode antecipar os lucros das perdas, pois não pode evitar viver; mesmo morrer não é deixar de existir; e viver é perder; no viver, perder-se-á tudo; mas se há uma coisa que não se deve perder são as lições das perdas. Ele, o reflexivo, pode, também, antecipar as benesses das dúvidas, pois evoluímos; e em tal processo nos equivocamos, nos enganamos, titubeamos, duvidamos; enfim, em nossa evolução as dúvidas nos permeiam; contudo, maior dúvida maior fé; esta que é a recompensa do saber; é ela quem anima o saber com a confiança, a convicção e a certeza; sem ela, a fé, o Ente Humano vive, senão caído, caindo no abismo de sua própria ignorância; na ignorância de tudo, principalmente de tudo que é sagrado. 

Ele, o reflexivo, pode, também, antecipar as oportunidades das crises, pois, viver é dever; não há viver sem crises, sem dificuldades, sem percalços; mas na vida, tudo é necessário e tudo passa; tudo é puro recebimento; enfim, no Universo, tudo é Bem. Refletindo, pois sem a reflexão, não demonstramos ser inteligentes o bastante, podemos justificar racionalmente que Ser Humano significa, também, ser benevolente. Ele é um Ser Inteligente; e quanto mais busca saber acerca do que isso significa, em si, por si e a partir de si mesmo, mais tende a merecer suas benesses. Dentre as diversas formas de buscar fazer isso, inclui-se a Reflexão

Porquanto, esta é instrumento da inteligência, assim como a análise é instrumento do intelecto. Ela, a inteligência, labora com a Subjetividade; enquanto o intelecto labora com a objetividade. A inteligência não tem medida, tampouco mede; ela labora com virtude, verdade, felicidade etc. O intelecto tem medida e mede, ele labora com pontes, prédio e estradas etc. A inteligência labora com tudo que é intangível. O intelecto labora com tudo que é tangível. Ora, no Universo nem tudo é tangível.

É provadamente verdadeira a teoria de que a reflexão é como uma “sonda” que deve ser utilizada, pela Entidade Humana, como devido, para os devidos fins. É dela, reflexão, nos fazer ver o que os nossos olhos não vêm, mas que o nosso Ser sente. É notório o fato de que no Universo, tudo pensa e tem vida; tudo vibra; melhor ainda, tudo é vibração; portanto, tudo tem seu movimento. E ser reflexivo é exatamente colocar-se na busca do mesmo ritmo de tal movimento, a ponto de merecer conhecê-lo, como um todo, para os devidos fins.

É observável o fato de que nela, reflexão, não há ansiedades, mas sim persistência; não há indolência, mas sim paciência; não há intelecto, mas sim inteligência; não há precipitação, mas sim velocidade. Ela não é exatamente uma ciência, mas alegra, ou melhor, felicita. Ela pode, inclusive, não ser encantada, mas encanta aos que bem a utilizam, para os devidos fins. Questão de prática! Ela, a reflexão, é precisa, mas somente quando não é desviada de seu foco. Ela é seletiva; e por isso acha, muito facilmente, o novo; o que vai adiante, o futuro, enfim, o distinto de tudo de até então. Questão de teoria! Com ela, a reflexão, não há mistério que perdure; segredo que se mantenha, tampouco ilusão que se amplie. Ela, a reflexão, ao contrário da análise, é intuitiva. Ela é inexorável no que propõe e exata no que realiza; todavia, precisa da inteligência para ser, cada vez mais, rápida, intensa e precisa. Eis que, quem reflete dialoga consigo mesmo, mas não no que pensa ser, mas no que, em essência, se é. Questão de teoria e de prática!

Não obstante, a importância da reflexão, está afeita ao fato de que, tão importante quanto saber o que se sente, é sentir o que se sabe, concomitantemente. Portanto, parece-nos claro, que nós, Seres Humanos, devemos ser reflexivos, cada vez mais, em grau significativo o bastante, pois sem a reflexão vem a decepção, a dor e o sofrimento; muito embora, em tal equação, não haja perdas, pois elas, a decepção, dor e sofrimento, levam o gênero humano inevitavelmente à reflexão. É também notório o fato de que a reflexão é uma aventura sem desventura; todavia, ela ou é pragmática ou não é reflexão, pois é dela significar. Coisa Sublime!

Tudo que o NOVO quer, por exemplo, é ser perseguido e encontrado pela reflexão, pois ele, o novo, sabe o valor que isso tem: ser perseguido, descoberto e celebrado, para os devidos fins. E somente ela, a reflexão, nos credita ele, o novo. A reflexão é assim; ela é para nos fazer ver mais, mais rápido e melhor. É ela que mata a nossa saudade do novo e as suas novidades, as suas benesses, as suas felicitações; enfim, ela atrai o que merecemos, por termos cumprido o nosso dever de buscá-lo.

É deveras notório o fato de que a reflexão colocar nossas vidas em perspectiva. Isto porque, ela é uma viagem que sempre supera todas as expectativas. E, com ela, a reflexão, devemos viajar sem a preocupação de nos extraviar. Ora, o medo de errar; de desviar; de extraviar, por exemplo, não pode ser maior do que a vontade de aprender. Assim, refletir vale à pena, ainda que nossa inteligência, ainda seja, ou possa ser, pequena. Afinal, o novo é inegável, inevitável e autossustentável, mas precisa ser, senão trazido, ajudado a vir à tona, para os devidos fins. E, quanto à tal, tudo que ela, a reflexão, necessita é de tempo e espaço, desmedidos, para responder à altura.

Não é difícil de perceber-se que sem a reflexão, o Ser Humano também evolui, é claro, mas em passos pequenos, lentos e difíceis, portanto, pouco significativo, pois não é possível viver-se sem o assédio, incansável, implacável e salutar, do novo, do obscuro, enfim, do desconhecido. Contudo, é na medida em que refletimos que iluminamos o que desejamos conhecer, a partir de dentro de nós mesmos. É na medida em que refletimos que iluminamos o que necessitamos conhecer, pois, somente com luz pode se clarear “um ambiente”, a ponto de se ver claramente e caminhar acelarada e esclarecidamente. Eis que, quem já reflete o bastante não só conhece, mas também autoconhece, autoinstrui e autorrealiza, concomitantemente.

Por ser um Ser inteligente, fomos projetados, também, para pesquisar; enfim, para buscar. E, é na medida em que buscamos cumprir como o nosso dever, por exemplo, que nos damos o direito de ser feliz; de nos alegrar, de nos bem-dizer; de nos felicitar, enfim, de nos regozijar com o nosso viver. Senão assim, o nosso viver é pouco vivido. E aquilo é indício de que a FELICIDADE não está longe. Ora, somente quem reflete se vê atraindo o novo e se regozija, tempo em que, ensina a quem ainda não o faz, com os lucros de suas perdas; com as benesses de suas dúvidas; bem como com as oportunidades de suas crises. Bom que se rediga. Quem reflete, percebe sua inteligência despertando-se, construindo-se e/ou desenvolvendo, para os devidos fins. Isto porque, nada regride; não podemos evitar ser um Ser Inteligente.

Pode-se perceber, caso observe, a ponto de verificar, a partir de si mesmo, que a inteligência é tão perceptível, quanto reflexivo se é; e vice-versa. Até porque, a reflexão é tão contundente, quanto voraz, em relação ao seu único e eterno foco: o NOVO. E só não reflete quem ainda não é inteligente o bastante; portanto, quem ainda não deseja acelerar, voluntariamente, a sua evolução. Ora, nós temos um destino moral; e se o sabemos qual seja, então devemos empreender esforços, para, tão logo, atingi-lo. Quem, de fato, busca a Deus não deve medir sacrifícios, pois Ele não é algo mensurável, portanto, extinguível.

A evolução é inegável, inevitável e autossustentável, portanto. Ela é o discurso de Deus; e Este tem sua linguagem própria. Eis que, somente quem estuda, reflexivamente, as Suas Leis, isto é, as Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais que regem o Universo, percebe a verdade que nisso se encerra. E em tal processo, o evolutivo, quem reflete, o bastante, se mantém, no mínimo, um passo à diante; um passo á frente. Ela, a reflexão, nos induz à autoinstrução, à intuição, ou melhor, àquela ação nossa que é sem medida. Ação do “Eu” e não do ego; ação do que, em essência, somos e não do que pensamos ser. Contudo, ela, a reflexão, não é um trilho, mas sim uma trilha; ela se constrói na medida em que foca seu objetivo. Ela é, para os inteligentes o bastante, o que a análise é para os intelectuais. Bom que se rediga.

Ela, a reflexão, é agora ou nunca será. Ela é tão tenaz quanto fortuita. O simbólico, o signo, o emblemático sabe disso. Ela é infalível em sua ação; ela só não desvenda o que não quiser. Os Seres Humanos inteligentes o bastante, já sabem disso. Eles sabem que devemos ser, cada vez mais, reflexivos, e que nunca mais tentemos estagnar. Sem ela, a reflexão, somos apenas terapeutas; mas nunca preventivos ou previdentes.

No que respeita uma realização, bem sabemos que a teoria e a prática devem andar, pari passo, devem andar juntas e de mãos dadas, para os devidos fins, assim como o ousar e o persistir, pois, senão nada, pouco adianta ousar sem persistir. Aqueles que não persistem em suas ousadias não são bafejados por suas felicitações. Afinal, a persistência nos felicita; ela é a proporção perfeita de todas as forças; e sendo a proporção perfeita de todas as forças, vence qualquer resistência pelo lento esgotamento. Daí, somente quem ousa praticar, persistentemente, ela, a reflexão, percebe suas benesses, em si mesmo. Ela é incansável; nada é tão veloz que ela, cedo ou tarde, não alcance. Ela é tanto imprescindível, quanto impressionante, como eficiente. Ela é tão grande quanto o foco de sua busca; mas ela, a reflexão, é tão grande quanto queremos que ela seja. Ela pode até parecer indolente; no entanto, aos práticos, ela demonstra-se, ao mesmo tempo, paciente, persistente e inteligente, o bastante.

Portanto, se me permitem sugerir-lhes, devemos cada vez mais nos entregar à reflexão, de forma paciente, persistente e inteligente, para não nos entregar à decepção, dor ou sofrimento, enfim, à INFELICIDADE. Quem se entrega à reflexão, tão logo percebe-a fazendo o resto. Até porque, o novo existe e sempre vem; ele é tão inegável, quanto inevitável, como autossustentável. Ele, o novo, o desconhecido, o obscuro, parece não ter preferência por ser descoberto, mas ele não se abstém do direito de render-se a ela, a reflexão, para os devidos fins.

Assim, refletir acerca do fato, por exemplo, de que o Ser Humano evolui, e que pode evoluir, inclusive abreviadamente, lhe dá o direito de concluir que ele é maior; ele pode muito mais do que até então já conseguiu, principalmente em relação à FELICIDADE.Afinal, ele, o Ser Humano, é maior; ele é pode mais; ele é muito mais do que aparenta ser; muito mais do que pensa ser – a evolução, que é inegável, inevitável e autossustentável é, também, prova cabal disso. Tenho dito!

Jair Tércio
Grão-Mestre

Salvador, 15 de janeiro de 2013.


Nossa profunda e eterna Gratidão. De coração


para coração. 





Pena Azul, Raio da Reflexão. Lei de Devoção.




Eternos Guerreiros. Linhagem que a Alma reconhece. Dentro. Profundo. Gratidão Gratidão Gratidão Consciência Indígena.


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